Com o objetivo de ampliar a consciência e a proteção ambiental, combater a pesca predatória e planejar o desenvolvimento do turismo sustentável, a Prefeitura de Itacoatiara, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, realizou no último sábado (20/09) um encontro na Comunidade São Francisco, localizada na Ilha da Trindade, para debater os impactos da pesca ilegal e apresentar o plano de manejo de quelônios na região.
Na ação de Educação Ambiental estiveram presentes representantes do Polo VI – Comunidade São Sebastião (Taperebá, Ilha do Cumaru) e Comunidade São José (Ilha da Trindade) e do Polo II – Comunidade Nossa Senhora da Conceição e Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Foto: Victória Cavalcante/Prefeitura de Itacoatiara/Divulgação
Para o secretário de Meio Ambiente, Leonardo Rocha, desenvolver o manejo de quelônios é essencial para garantir a preservação dessas espécies ameaçadas. Além disso, ações voltadas à conservação da fauna aquática, como o monitoramento de peixes como o pirarucu (Arapaima gigas), representam uma oportunidade de fomentar o turismo na região e valorizar a biodiversidade local.
Foto: Victória Cavalcante/Prefeitura de Itacoatiara/Divulgação
“Precisamos que cada comunidade queira fazer a diferença, que mantenha essa chama viva para as próximas gerações. Estamos buscando outras alternativas e vamos trabalhar em parceria com o Ibama, porque eu vejo que aqui em Itacoatiara temos uma grande possibilidade de desenvolver um trabalho muito bonito na Costa da Conceição”, destaca Rocha.
Foto: Victória Cavalcante/Prefeitura de Itacoatiara/Divulgação
O plano de manejo de quelônios é um conjunto de ações e estratégias voltadas à proteção, reprodução, monitoramento e uso sustentável de espécies aquáticas, como a tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa) e o tracajá (Podocnemis unifilis), Pitiú (Podocnemis sextuberculata), muito presentes nos rios amazônicos.
Na prática, o plano envolve:
- Proteção de praias e áreas de desova, com a coleta dos ovos e transferência para locais seguros até a eclosão;
- Monitoramento das populações para acompanhar crescimento e sobrevivência;
- Soltura dos filhotes nos rios, em períodos adequados, fortalecendo a renovação natural da espécie;
- Educação ambiental para conscientizar comunidades sobre a importância da preservação e a necessidade de combater a captura e o comércio ilegais.
União de forças em prol da preservação
A ação contou com o apoio da Prelazia de Itacoatiara, por meio da Cáritas, da Paróquia Divino Espírito Santo, da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Eventos e da AmazonasTur.
Representando a Cáritas, a secretária Joelma Rolim, da Prelazia de Itacoatiara, transmitiu a mensagem do bispo Dom Edmilson Tadeu Canavarros, que ressaltou a união, a consciência ambiental e a importância da proteção da natureza.
Foto: Victória Cavalcante/Prefeitura de Itacoatiara/Divulgação
“A Prelazia de Itacoatiara, a Cáritas e a Paróquia do Divino Espírito Santo estão aqui para somar forças com vocês, apoiando a busca por um manejo responsável e sustentável que una saberes tradicionais, ciência e compromisso cristão. Que o Espírito Santo nos inspire a trabalhar com coragem, esperança e amor, para que a Amazônia continue sendo sinal da presença de Deus”, declara.
A turismóloga Thais Reis, da AmazonasTur, que acompanha o desenvolvimento de Itacoatiara há cerca de três anos, destacou que o ecoturismo abre portas para o crescimento da economia local.
Foto: Victória Cavalcante/Prefeitura de Itacoatiara/Divulgação
“Primeiro a comunidade se organiza e identifica quais são as potencialidades que pode oferecer ao turista. Precisa construir um hotel? Não. Precisa construir um restaurante de luxo? Não. O turista que vem gosta de conhecer a realidade da comunidade: como vocês vivem, do que se alimentam, o que produzem. Eles amam isso. O turismo de base comunitária também melhora a renda extra, valoriza o artesanato e cria pontes de oportunidades”, afirma.
Foto: Victória Cavalcante/Prefeitura de Itacoatiara/Divulgação
A Prefeitura de Itacoatiara reforça que ações como esta são fundamentais para garantir a conservação dos recursos naturais e a manutenção do modo de vida das comunidades tradicionais.
